Embolização de mioma — alternativa segura e minimamente invasiva em 2025

Por que 2025 marca a virada no tratamento dos miomas

Os miomas uterinos afetam milhões de mulheres e, por muito tempo, as opções de tratamento orbitavam grandes cirurgias, afastamento prolongado do trabalho e impactos na qualidade de vida. Em 2025, o cenário mudou. Com técnicas avançadas de imagem, materiais mais precisos e equipes integradas, a embolização de mioma passou a ocupar o centro do palco como alternativa segura, eficaz e minimamente invasiva. Para muitas pacientes, isso significa alívio mais rápido dos sintomas, preservação do útero e recuperação previsível.

A embolização uterina tem se consolidado como escolha inteligente para quem busca resolver sangramento intenso, dor pélvica, aumento abdominal e compressão urinária sem encarar uma cirurgia grande. O procedimento interrompe o suprimento sanguíneo do mioma, provocando a sua redução e inativação, com taxas de satisfação elevadas. E o melhor: com cuidado criterioso na seleção de candidatas, os resultados são duradouros, com risco baixo de complicações e curto tempo de internação.

O que é a embolização uterina e como funciona

A embolização uterina é um procedimento endovascular que bloqueia seletivamente as artérias que alimentam os miomas. Ao “fechar a torneira” de sangue que nutre esses tumores benignos, eles perdem força, encolhem e deixam de produzir sintomas. Diferentemente de uma cirurgia aberta, não há cortes no abdome; todo o acesso é feito por dentro dos vasos, com cateteres muito finos guiados por imagem.

Passo a passo do procedimento

– Acesso vascular: geralmente pela virilha (artéria femoral) com anestesia local e sedação leve. Centros com experiência também oferecem acesso pelo punho (artéria radial), que tende a proporcionar mobilização mais rápida.

– Cateterização dirigida: sob radioscopia, um cateter é navegado até as artérias uterinas. A angiografia identifica os ramos que alimentam especificamente os miomas.

– Embolização seletiva: o especialista injeta microesferas biocompatíveis (ou partículas como PVA) nos ramos que nutrem os miomas. Essas partículas ocluem os vasos, reduzindo o fluxo sanguíneo do tumor.

– Confirmação e alta: novas imagens garantem a oclusão adequada. A punção é fechada com compressão ou dispositivo de fechamento. Muitas pacientes recebem alta no mesmo dia ou após uma noite de observação.

O procedimento costuma durar 45 a 90 minutos. Em 2025, aparatos de orientação em 3D e doses otimizadas de radiação tornam o processo ainda mais seguro e preciso.

O que acontece com o mioma depois

Sem suprimento contínuo de sangue, o mioma entra em isquemia e regride gradativamente. Em poucos meses, volumetria e vascularização caem de modo significativo, com impacto direto nos sintomas. Em média:

– Redução de 40% a 60% do volume do mioma em 6 meses.

– Alívio do sangramento menstrual já nos primeiros ciclos.

– Diminuição da dor e da sensação de peso pélvico ao longo de 3 a 6 meses.

– Melhora de sintomas compressivos, como urgência urinária ou constipação, conforme o mioma encolhe.

A embolização uterina não “derrete” o mioma da noite para o dia; trata-se de uma remodelação progressiva, que acompanha a resposta do tecido ao novo fluxo sanguíneo.

Indicações, contraindicações e avaliação pré-procedimento

Escolher bem a candidata é o segredo para resultados consistentes. A avaliação integra exame clínico, diálogo claro sobre prioridades (como preservar o útero ou planejar gestação) e exames de imagem que detalham número, tamanho e localização dos miomas.

Quem se beneficia

– Mulheres com sangramento uterino anormal (menorragia) que provoca anemia ou limita atividades diárias.

– Dor pélvica crônica, cólicas intensas ou sensação de pressão abdominal por miomas volumosos.

– Sintomas compressivos: micção frequente, urgência urinária, constipação pela compressão do reto.

– Miomas intramurais, submucosos e alguns subserosos, isolados ou múltiplos.

– Pacientes que desejam evitar histerectomia, manter o útero e reduzir o tempo de recuperação.

– Casos com miomas múltiplos nos quais a miomectomia exigiria várias incisões no útero.

– Recorrência de sintomas após cirurgias prévias ou contraindicação a grandes cirurgias.

Em bolização uterina também pode ser considerada em pacientes com comorbidades que elevam o risco cirúrgico, desde que técnicas e materiais adequados sejam empregados.

Quando adiar ou evitar

– Suspita de malignidade uterina (sarcoma) ou crescimento rápido não explicado.

– Infecção pélvica ativa.

– Gravidez em curso.

– Alergia grave a contraste iodado sem estratégia segura de dessensibilização.

– Insuficiência renal grave sem alternativas de proteção renal.

– Miomas pediculados subserosos muito finos (maior risco de expulsão/necrose externa).

– Pacientes cujo objetivo principal é gestação imediata podem se beneficiar de avaliação multidisciplinar extra, discutindo miomectomia versus embolização, conforme tipo e localização do mioma.

Antes da embolização, exames essenciais incluem ultrassom transvaginal e, preferencialmente, ressonância magnética para mapear com precisão os miomas, descartar outras causas de sangramento e orientar a estratégia. Hemograma e função renal completam a preparação.

Benefícios, riscos e recuperação no mundo real

A comparação justa entre tratamentos considera alívio dos sintomas, preservação do útero, tempo de recuperação e taxa de reintervenção. Em 2025, a embolização de mioma alcança esses objetivos com equilíbrio e previsibilidade.

Comparação com miomectomia e histerectomia

– Menos invasiva: sem cortes abdominais, cicatriz mínima no local da punção e baixa agressão tecidual.

– Preservação uterina: diferente da histerectomia, mantém o útero, aspecto valorizado por muitas mulheres por razões pessoais, hormonais e simbólicas.

– Internação reduzida: alta no mesmo dia ou em 24 horas, contra vários dias em cirurgias abertas.

– Retorno rápido: vida cotidiana e trabalho em 7 a 10 dias, em vez de 4 a 6 semanas.

– Multiplos miomas em uma só abordagem: a embolização uterina trata simultaneamente diversos miomas, o que pode ser desafiador na miomectomia.

– Reintervenção: necessidade de novo procedimento em 5 anos ocorre em cerca de 15% a 30% dos casos, variando com idade, número e tamanho dos miomas. Em contextos semelhantes, a miomectomia também pode demandar novas intervenções pela recorrência natural dos miomas.

Em resumo: quem busca preservar o útero, recuperar-se rapidamente e controlar sintomas de maneira eficaz encontra na embolização uma opção sólida, especialmente quando há múltiplos miomas.

Segurança e efeitos colaterais

A segurança é um ponto forte da técnica. Principais aspectos:

– Síndrome pós-embolização: dor tipo cólica, febre baixa, náusea e mal-estar nas primeiras 24–72 horas. É autolimitada e controlada com analgésicos, anti-inflamatórios e hidratação.

– Infecção: rara; ocorre em pequena fração dos casos. Prevenção com técnica estéril, avaliação prévia e, quando necessário, antibióticos.

– Expulsão de tecido: miomas submucosos podem ser parcialmente expulsos pela cavidade uterina, o que às vezes exige histeroscopia para remoção.

– Impacto nos ovários: em mulheres mais próximas da menopausa, pode ocorrer diminuição transitória da reserva ovariana. Em pacientes jovens, o impacto tende a ser mínimo quando a embolização é seletiva.

– Complicações vasculares: hematoma ou dor no local de punção; complicações graves são raras, sobretudo em centros experientes.

Taxas de sucesso clínico (alívio relevante dos sintomas) variam de 85% a 90%, com eventos graves pouco frequentes. A escolha de materiais modernos e a embolização seletiva orientada por imagem reduzem ainda mais os riscos.

Fertilidade, sintomas e qualidade de vida

O cuidado centrado na paciente vai além de números. Importa como você se sente, quanto tempo demora para retomar sua rotina e quais são seus planos reprodutivos. A embolização uterina pode entregar alívio consistente e, em casos selecionados, manter a possibilidade de gestação.

Gestação após o tratamento

– É possível engravidar após a embolização, especialmente em mulheres jovens com miomas que comprometiam a cavidade uterina. A decisão deve ser personalizada, com ginecologista e especialista em intervenção vascular.

– O intervalo usual para tentar gestação é de 6 a 12 meses, permitindo que o útero se reorganize e os miomas reduzam.

– Quando o objetivo principal é engravidar rapidamente e há mioma submucoso único, a miomectomia histeroscópica pode ser considerada, dada a remoção direta do obstáculo intrauterino.

– Para miomas múltiplos intramurais, a embolização uterina reduz o volume geral, melhora o contorno do útero e pode facilitar a fertilidade em alguns cenários.

A discussão franca sobre expectativas, idade, reserva ovariana e histórico obstétrico é essencial para escolher o caminho mais alinhado às suas metas.

Alívio dos sintomas e satisfação

– Sangramento: melhora expressiva já nos primeiros ciclos, com redução de necessidade de absorventes, menor risco de anemia e mais energia para o dia a dia.

– Dor e cólicas: queda progressiva ao longo de semanas, acompanhando a redução do volume tumoral.

– Pressão pélvica e urinária: melhora conforme os miomas retraem e descomprimem bexiga e reto.

– Qualidade de vida: pacientes relatam maior liberdade para atividades físicas, sociais e sexuais, além de melhor produtividade no trabalho.

A satisfação global após a embolização de mioma é alta quando a indicação é correta e há acompanhamento próximo no pós-procedimento.

Além dos miomas e próximos passos

Embora o foco aqui sejam os miomas, a família de procedimentos de embolização é ampla e refinada. Isso amplia a experiência das equipes e a segurança global da técnica.

Outras aplicações: tumores hepáticos e varizes pélvicas

– Tumores hepáticos: a embolização pode ser combinada à quimioembolização ou radioembolização para reduzir a vascularização de tumores do fígado, controlando crescimento e melhorando a elegibilidade para outras terapias.

– Varizes pélvicas (congestão pélvica): veias dilatadas nos ovários e pelve podem causar dor abdominal e pélvica crônica, sensação de peso e desconforto nas relações. A embolização dos vasos anômalos é minimamente invasiva e oferece alívio consistente para casos bem selecionados.

A experiência acumulada nessas indicações reforça o domínio técnico de equipes que também realizam a embolização uterina, beneficiando diretamente as pacientes com miomas.

Como escolher o serviço e o que perguntar

– Busque equipe multidisciplinar: interação entre cirurgião vascular ou radiologista intervencionista e ginecologista.

– Pergunte sobre experiência: volume anual de casos, taxa de sucesso e protocolos de manejo da dor.

– Acesso e materiais: se oferecem acesso femoral ou radial, microesferas de última geração e imagem avançada.

– Recuperação: orientações claras de alta, medicação para dor e sinais de alerta.

– Suporte pós-procedimento: disponibilidade para dúvidas e telemonitoramento nos primeiros dias.

Lista de perguntas úteis para levar à consulta:
1. Meu tipo e localização de miomas respondem bem à embolização?
2. Qual a chance de eu precisar de novo procedimento nos próximos 5 anos?
3. Como controlaremos a dor na primeira semana?
4. Em quanto tempo devo notar melhora do sangramento e da dor?
5. Quais são os riscos no meu caso específico?
6. A embolização afeta minha fertilidade? Qual plano se eu quiser engravidar?
7. Vocês oferecem alta no mesmo dia? Como será o acompanhamento?

Como é a recuperação e o que fazer em casa

A jornada após a embolização uterina é previsível quando há planejamento e comunicação. Ter um roteiro ajuda a reduzir ansiedade e acelerar o retorno ao bem-estar.

– Primeiras 24–72 horas: cólicas e mal-estar controláveis com analgésicos. Aplicar calor local pode aliviar. Hidratação e alimentação leve são bem-vindas.

– Primeira semana: repouso relativo, caminhadas leves em casa. Evite esforços intensos, relações sexuais e banhos de imersão até liberação médica.

– Retorno ao trabalho: entre 7 e 10 dias, dependendo do tipo de atividade. Se o trabalho exige esforço físico, converse sobre prazos personalizados.

– Exercícios: reintrodução gradual a partir da segunda semana, respeitando conforto e sinais do corpo.

– Sinais de alerta: febre persistente acima de 38°C, dor desproporcional, sangramento muito intenso ou corrimento com odor. Nesses casos, contate a equipe imediatamente.

Checklist de organização:
– Combine quem a acompanhará no dia do procedimento e na primeira noite.

– Tenha os medicamentos prescritos em casa antes da alta.

– Deixe refeições leves prontas e água sempre por perto.

– Anote dúvidas para a teleconsulta ou retorno presencial.

Dicas para potencializar resultados

– Otimize ferro e vitaminas caso tenha anemia prévia, sob orientação médica.

– Mantenha hábitos anti-inflamatórios: sono regular, manejo do estresse e atividade física gradual.

– Siga o plano de analgesia conforme prescrito, mesmo que a dor esteja tolerável nos primeiros dias.

– Faça os exames de controle (ultrassom ou ressonância) nos prazos recomendados para acompanhar a regressão dos miomas.

Perguntas frequentes que descomplicam a decisão

– A embolização substitui todas as cirurgias? Não. Há casos em que a miomectomia ou histerectomia é mais indicada, especialmente em suspeitas de malignidade ou quando a anatomia favorece cirurgia conservadora específica.

– Posso fazer de novo se os sintomas voltarem? Sim. Em casos selecionados, uma re-embolização pode ser considerada. Alternativas cirúrgicas também permanecem no repertório.

– Dói muito? A dor costuma ser mais intensa nas primeiras 24–48 horas e é bem controlada com medicações e protocolos multimodais. A maioria das pacientes relata melhora significativa após o terceiro dia.

– Quando a menstruação normaliza? Muitas mulheres notam ciclos menos intensos já no primeiro ou segundo mês. O padrão pleno se consolida nos meses seguintes, conforme o útero se reequilibra.

– Terei cicatriz? Apenas um pequeno ponto no local da punção, geralmente na virilha ou no punho, com mínima visibilidade após a cicatrização.

– Preciso parar anticoncepcional? Depende do plano terapêutico. O uso pode ser mantido ou ajustado de acordo com orientação conjunta da equipe.

O que diferencia a prática de 2025

A evolução não está só nos materiais, mas nos processos:

– Avaliação por ressonância magnética detalhada, que prediz resposta do mioma e orienta o planejamento.

– Microesferas calibradas que permitem ocluir o leito tumoral de forma seletiva, preservando o miométrio saudável.

– Acesso radial quando apropriado, elevando conforto e mobilidade imediata.

– Protocolos de analgesia multimodal e alta no mesmo dia, com telemonitoramento nos primeiros 72 horas.

– Integração de dados com IA para reduzir tempo de fluoroscopia e material de contraste, elevando segurança.

Esses avanços consolidam a embolização uterina como um procedimento moderno, com experiência paciente-centrada e resultados consistentes.

Densidade de informação que empodera sua escolha

Para tomar a melhor decisão, compare benefícios, riscos e expectativas de cada opção. A embolização de mioma oferece:

– Eficácia: 85%–90% de alívio significativo dos sintomas.

– Recuperação: 7–10 dias para retorno à rotina na maioria dos casos.

– Preservação: útero mantido, com possibilidade de gestação em cenários selecionados.

– Segurança: baixas taxas de complicações graves em centros experientes.

– Versatilidade: trata múltiplos miomas ao mesmo tempo, reduzindo a necessidade de cirurgias extensas.

Quando conversar com a equipe, leve suas prioridades à mesa: controlar sangramento, reduzir dor, preservar útero, planejar maternidade ou simplesmente retomar sua rotina com confiança. A clareza do objetivo ajuda a personalizar a estratégia.

Fechando o ciclo e definindo o próximo passo

A embolização uterina em 2025 representa a soma de ciência, precisão e experiência clínica a favor da mulher. É uma alternativa minimamente invasiva capaz de reduzir sangramento, dor e compressão, manter o útero e encurtar a recuperação, com segurança apoiada por protocolos modernos e equipes integradas. Quando bem indicada, entrega alto índice de satisfação e qualidade de vida renovada.

Se os miomas estão afetando seu dia a dia, agende uma avaliação com um especialista em terapia endovascular e seu ginecologista. Traga seus exames, liste seus objetivos e tire dúvidas sem pressa. O caminho para o alívio começa com informação clara e uma decisão compartilhada. Escolha dar o próximo passo hoje.

O programa "Gente que Fala" recebe o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, para falar sobre embolização uterina, uma técnica minimamente invasiva para tratar miomas.

A embolização uterina consiste em bloquear a artéria que nutre o mioma através de um catéter inserido na virilha do paciente. Essa técnica impede o crescimento e leva à morte do tumor benigno.

O Dr. Amato explica que a embolização é uma alternativa para pacientes com miomas, sendo menos invasiva que cirurgias tradicionais.

Ele também menciona outras aplicações da embolização, como tratamento de tumores hepáticos e varizes pélvicas.

O programa continua com o Dr. Nelson Letício, cirurgião plástico, que discute a dor abdominal causada por varizes pélvicas.

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