Laser venoso 2025 – Fecha varizes ou destrói veias?

O que realmente acontece com a veia no laser venoso

Muita gente se pergunta: o laser “destrói” a veia ou apenas a fecha? Em 2025, a resposta é clara e baseada em ciência. O laser venoso não desentope nem “limpa” as varizes; ele promove um fechamento controlado da veia doente para redirecionar o sangue para rotas mais eficientes. É uma estratégia planejada, não um acidente. O objetivo é aliviar sintomas como dor, peso, câimbras e inchaço, além de melhorar a estética e impedir a progressão da doença venosa.

Esse fechamento acontece por dentro, sem cortes grandes. A fibra óptica leva energia térmica diretamente para a parede da veia, produzindo uma contração imediata e, ao longo das semanas, uma cicatrização chamada fibrose. A veia fica colabada, vira um “cordão” inativo e o corpo a reabsorve parcialmente. Enquanto isso, o sangue utiliza as veias profundas, que são as principais responsáveis pelo retorno do sangue das pernas ao coração.

Energia térmica, contração e fibrose: a ciência por trás

O laser venoso funciona por ablação endovenosa: a luz é transformada em calor na interface com a parede da veia. Essa energia causa dano térmico controlado ao endótelio e às camadas internas, levando à cauterização, colapso e posterior fibrose. Em outras palavras, a veia é desligada do circuito, de forma precisa.

Com dispositivos modernos (principalmente comprimentos de onda na faixa de 1.470–1.940 nm e fibras radiais), a energia é distribuída de maneira uniforme, reduzindo dor e hematomas quando comparado a versões antigas. O médico calibra a quantidade de energia por centímetro de veia, garantindo o equilíbrio entre eficácia e segurança.

Para onde vai o sangue depois

Ao contrário do que parece, fechar a veia doente melhora o fluxo, porque elimina um caminho de refluxo que sobrecarrega o sistema. O sangue passa a seguir por veias profundas e perfurantes saudáveis, mais capacitadas para a drenagem. Isso reduz o acúmulo de pressão nas veias superficiais e, com o tempo, diminui o diâmetro de tributárias varicosas.

– O sistema venoso profundo responde por mais de 80–90% do retorno venoso.
– Eliminar a veia com refluxo diminui a hipertensão venosa superficial.
– Sintomas de peso e dor tendem a aliviar em dias a semanas, com melhora funcional notável.

Fechar não é destruir: por que “obstruir” é a estratégia correta

A ideia de “destruir” assusta, mas o que o laser faz é desativar uma rota ruim. O corpo não fica “sem veias”; ele reorganiza a circulação por caminhos competentes. Em medicina vascular, isso se chama tratar a fonte do refluxo, não apenas as veias visíveis.

Anatomia venosa superficial vs. profunda

As varizes costumam vir de refluxo em veias tronculares superficiais, como a safena magna e a safena parva. Quando essas veias sofrem dilatação e incompetência valvar, o sangue desce em vez de subir, alimentando cordões varicosos. O laser venoso fecha a safena doente no trajeto necessário, removendo a pressão indevida sobre as tributárias.

– Veias profundas: grossas, com paredes musculares, transportam a maior parte do sangue.
– Veias superficiais doentes: dilatadas e tortuosas, tornam-se reservatórios de pressão.
– Fechamento direcionado: alivia o sistema, sem prejudicar a drenagem normal.

Benefícios clínicos do fechamento

Quando o refluxo é eliminado, os sintomas caem e a progressão da doença desacelera. Muitos pacientes relatam pernas mais leves já nas primeiras 48–72 horas.

Benefícios frequentes relatados:
– Redução de dor, peso e inchaço.
– Diminuição de câimbras e sensação de queimação.
– Melhora estética e funcional no médio prazo.
– Prevenção de complicações como dermatite ocre, lipodermatoesclerose e úlceras venosas, quando tratadas precocemente.

Procedimento passo a passo em 2025

O procedimento com laser venoso evoluiu muito. Hoje, é ambulatorial, com anestesia tumescente local, guiado por ultrassom, e dura em média 30–60 minutos por perna, dependendo do trajeto tratado.

Antes do dia: mapeamento por ultrassom e preparo

Tudo começa com uma avaliação clínica e ultrassonografia Doppler para mapear refluxos, diâmetros e trajetos. Isso define a estratégia e a energia por segmento.

– Faça uma lista de sintomas, horários de piora e tratamentos prévios.
– Informe uso de anticoagulantes, histórico de trombose, alergias e cirurgias.
– Traga meias de compressão prescritas para usar logo após o procedimento.
– Hidrate-se no dia anterior e evite cremes na perna para facilitar assepsia.

Durante o laser venoso: técnica tumescente e entrega da energia

Sob visão do ultrassom, o médico punciona a veia doente com agulha fina, passa um fio-guia e posiciona a fibra de laser no ponto adequado (em geral, alguns centímetros da junção com o sistema profundo). A anestesia tumescente infiltra uma solução ao redor da veia, com três funções essenciais: analgesia, proteção térmica dos tecidos e compressão da veia para melhor contato com a fibra.

– Energia é liberada enquanto a fibra é recuada de forma controlada.
– O calor colaba a veia segmento a segmento.
– Não há necessidade de cortes grandes; apenas punções.
– Se houver tributárias varicosas importantes, o médico pode combinar com microvaricectomias, espuma guiada ou, em outra sessão, esclerosantes líquidos.

Depois da sessão: alta e primeiras 48 horas

Logo após, o paciente caminha por 10–20 minutos para estimular o retorno venoso. A maioria volta para casa no mesmo dia e retoma tarefas leves já no dia seguinte.

Cuidados usuais:
– Usar meias de compressão conforme orientação (geralmente 1–2 semanas).
– Caminhar curtas distâncias várias vezes ao dia.
– Evitar imobilidade prolongada, calor intenso e exercícios de alto impacto por alguns dias.
– Analgésicos simples e anti-inflamatórios podem ser prescritos conforme necessidade.
– Pequenos hematomas ou endurecimentos no trajeto são esperados e regridem gradualmente.

Quem deve fazer e quem não deve: critérios de indicação

O sucesso do laser venoso depende tanto da técnica quanto da indicação correta. Uma boa avaliação define o que tratar, quando e com qual combinação de métodos.

Indicações comuns

– Refluxo documentado em veia safena (magna, parva ou acessórias) com sintomas.
– Varizes associadas a dor, peso, edema, dermatite, coceira ou fadiga nas pernas.
– Recorrência após cirurgia ou escleroterapia, quando a fonte do refluxo é troncular.
– Úlceras venosas ou alterações de pele por hipertensão venosa em que o refluxo é fator-chave.

Sinais de que você pode ser um bom candidato:
– Sintomas que pioram ao longo do dia e melhoram com elevação das pernas.
– Veias que dilatam ao ficar muito tempo em pé.
– Ultrassom que comprova refluxo maior que 0,5 segundos em veia superficial principal.

Contraindicações e cautelas

– Trombose venosa profunda ativa ou recente.
– Doença arterial periférica significativa sem avaliação prévia.
– Infecções cutâneas no trajeto de punção.
– Impossibilidade de deambular após o procedimento.
– Gravidez, salvo casos muito específicos a critério médico.

Cautela extra é necessária em pacientes com coagulopatias, uso de anticoagulantes, obesidade severa ou anatomia complexa. Nessas situações, a experiência da equipe e o planejamento com ultrassom são decisivos.

Resultados, efeitos colaterais e segurança

Quando bem indicado e executado, o laser venoso oferece altas taxas de oclusão e satisfação do paciente. A evolução das fibras radiais e dos comprimentos de onda específicos para água melhorou ainda mais o perfil de segurança.

Taxas de oclusão e recanalização

Estudos clínicos contemporâneos relatam taxas de oclusão inicial acima de 95% para veias safenas tratadas, com manutenção em 1–3 anos na faixa de 90–98%, dependendo do protocolo e do seguimento. Recanalizações parciais podem ocorrer, geralmente manejáveis com retoques dirigidos.

O que esperar realisticamente:
– Alívio de sintomas em poucos dias, com evolução contínua por semanas.
– Melhora estética progressiva; veias colaterais podem exigir complementos.
– Retorno às atividades de escritório no dia seguinte, e ao exercício leve em poucos dias.

Complicações possíveis e como reduzir o risco

Como qualquer procedimento, o laser venoso tem riscos, embora a maioria seja leve e transitória.

Possíveis intercorrências:
– Dor leve no trajeto, sensação de “cordão” endurecido.
– Hematomas e manchas temporárias.
– Parestesias localizadas por irritação de ramos nervosos próximos, geralmente reversíveis.
– Tromboflebite superficial segmentar.
– Trombose venosa profunda e queimadura cutânea são raras quando a técnica é correta.

Como minimizar riscos:
– Escolha equipes com experiência em mapeamento ultrassonográfico.
– Siga à risca o uso de meias e as caminhadas precoces.
– Evite imobilização prolongada nos primeiros dias.
– Mantenha hidratação e controle de peso, fatores que ajudam o retorno venoso.
– Compareça ao retorno para ultrassom de controle, permitindo intervenções precoces se necessário.

Alternativas, combinações e tendências para 2025

Nem todo caso pede a mesma solução. O melhor plano pode combinar tecnologias para tratar a fonte do refluxo e os ramos varicosos com precisão e menor downtime.

Radiofrequência, espuma e cola

– Radiofrequência endovenosa: semelhante ao laser venoso na lógica de fechar a veia com calor, usando energia de radiofrequência. Perfis de dor e hematoma são também favoráveis com cateteres modernos.
– Espuma guiada por ultrassom: útil para tributárias e veias tortuosas; pode ser usada como complemento ou alternativa em pacientes específicos.
– Adesivo endovenoso (cola): fecha a veia sem calor nem anestesia tumescente. Útil quando há contraindicações ao calor ou preferência por menos punções, embora com custo mais alto e perfis particulares.
– Cirurgia e microvaricectomias: reservadas para tributárias volumosas ou anatomias que dificultam cateterização; frequentemente combinadas ao endolaser em abordagens híbridas.

Como regra, trata-se primeiro a fonte do refluxo (safena) e, na mesma sessão ou em etapas, as colaterais. O plano é personalizado conforme sintomas, exames e objetivos estéticos.

Como escolher a melhor estratégia para você

A decisão ideal considera não só a anatomia, mas também rotina, tolerância a desconforto, orçamento e expectativas. Boas perguntas para levar à consulta:

– Qual é a fonte do meu refluxo e como o ultrassom demonstra isso?
– O laser venoso é a melhor opção para meu caso ou devo considerar radiofrequência/cola/espuma?
– Quantas sessões e quais áreas serão tratadas?
– Quais são as chances de eu precisar de complementos?
– Como será o pós-operatório e quando posso treinar, dirigir e trabalhar?
– Qual é a taxa de sucesso da sua equipe em casos semelhantes ao meu?

Orientações práticas para maximizar resultados:
– Mantenha a compressão prescrita e caminhe diariamente.
– Durma com as pernas levemente elevadas na primeira semana se houver edema.
– Evite sol direto na área de hematomas por 2–4 semanas para prevenir manchas.
– Controle fatores de risco: sedentarismo, excesso de peso e longos períodos em pé.
– Faça o ultrassom de controle, crucial para confirmar o fechamento e orientar ajustes.

Ao longo deste guia, ficou claro que o laser venoso fecha a veia doente de forma planejada, redirecionando o sangue para o sistema mais eficiente e, com isso, aliviando sintomas, melhorando a estética e protegendo a saúde das pernas. Lembre-se: não é “destruir por destruir”, mas sim interromper uma via de refluxo que estava prejudicando o restante da circulação.

Se você convive com varizes e sente peso, dor, câimbras ou inchaço, procure um especialista vascular para avaliação com ultrassom Doppler e discuta se o laser venoso é indicado para o seu caso. Marque sua consulta, leve suas dúvidas e dê o primeiro passo para ter pernas mais leves e saudáveis em 2025.

O vídeo explica como o tratamento com laser funciona para varizes. O laser não desobstrui as veias, mas sim as obstrói, direcionando o fluxo sanguíneo para as veias saudáveis. A energia térmica do laser causa a cauterização e retração da parede das veias, fechando-as e impedindo a passagem de sangue. O objetivo é redirecionar o sangue para o sistema venoso profundo saudável, aliviando os sintomas das varizes.

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